Além do ganho de peso, câncer, depressão, diabetes, hipertensão e insuficiência renal, os alimentos ultraprocessados podem causar doenças cardiovasculares
A rotina da maioria das pessoas, hoje em dia, é massacrante, com pouco tempo para descanso e, muito menos, para investir na alimentação. A opção passa a ser os alimentos ultraprocessados. Afinal, para consumi-los, basta apenas abrir os pacotes ou tirar as tampas das bebidas. Bolachas, salgadinhos, refrigerantes, barrinhas de cereal, sucos de caixinha, achocolatados e outros são associados a um descontrole alimentar extremamente nocivo à saúde.
Além do ganho de peso, câncer, depressão, diabetes, hipertensão e insuficiência renal, os alimentos ultraprocessados podem causar doenças cardiovasculares. O assunto é sério e merece atenção. Produtos ultraprocessados são cheios de ingredientes impronunciáveis – aqueles que ninguém sabe o que é, mas podemos dizer que naturais não são. Ou seja, não passam nem perto de serem boas escolhas para a saúde. Apresentam altos níveis de açúcar, sódio e outras substâncias.
Consumir mais de quatro porções por dia desses vilões da alimentação pode aumentar em 62% as chances de a pessoa morrer por qualquer motivo em comparação à ingestão de apenas duas porções, por exemplo. Isso significa que, para cada porção, o risco de morte é de aproximadamente 18%. Informações mais do que suficientes para investirmos em uma alimentação saudável, não é mesmo?
Confira outros motivos pelos quais os alimentos ultraprocessados devem ser evitados!
1. Transformação perigosa
Os alimentos ultraprocessados passam por um processo intenso de transformação industrial, em que poucos ingredientes naturais participam. Na produção, são adicionados muitos produtos artificiais para parecer ao consumidor que ele está comendo algo de aspecto e sabor natural. Enganação! Esses aditivos artificiais apresentam alta densidade energética, grande teor de açúcar e/ou sódio, bem como gorduras saturadas. Isso sem falar que o teor de fibras e micronutrientes essenciais é baixíssimo e são indispensáveis para a saúde humana.
2. Alteração do organismo
Em virtude de tantos aditivos artificiais e transformação industrial dos alimentos, o consumo excessivo dos ultraprocessados pode alterar o funcionamento do organismo de forma devastadora. Por exemplo, quando consumimos muito açúcar, ficamos propensos a aumentar os níveis de glicose em circulação no sangue. Resultado: distúrbio na produção direta da insulina, que caracteriza a resistência ao hormônio e desenvolvimento da diabetes – doença que pode trazer muitos outros problemas.
3. Sódio
O sódio é um importante nutriente para o organismo. No entanto, em excesso, ele pode alterar o funcionamento do coração, o que pode desregular a pressão arterial, acarretar problemas renais e outras doenças de extrema gravidade. O sódio é adicionado em larga escala em produtos como macarrão instantâneo (temperos), lasanhas congeladas, temperos em tabletes ou pó e refrigerantes. O objetivo dos fabricantes é realçar o sabor da comida ou bebida, mas só prejudicam a saúde. Alimentos embutidos também são vilões neste caso, entre os quais, salames, presuntos, salsichas e peito de peru.
O melhor caminho
Com tantas informações assustadoras acerca dos alimentos ultraprocessados, nosso apelo é para que tenha uma alimentação mais equilibrada, com hábitos saudáveis. Isso significa ingerir alimentos naturais ou minimamente processados nas refeições e lanches diários. A ideia é reduzir o nível de ultraprocessados e ampliar o tempo de vida útil do corpo.
É essencial procurar saber exatamente o que compõe o alimento que se deseja consumir e se ele traz algum benefício à saúde. Opte pela culinária saudável e colha bons frutos!